O Android, sistema operacional móvel do Google, concentrou 79% das ameaças digitais criadas para dispositivos móveis em 2012. Um ano antes, esse índice foi de 66% e, em 2010, de 11%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (7) pela F-Secure, companhia finlandesa de software de segurança. A empresa identificou 301 novas ameaças e variações voltadas exclusivamente aos smartphones e tablets durante o ano.
O iOS, da Apple, segundo sistema operacional móvel mais popular entre os smartphones, atingiu apenas 0,7% dos vírus criados para dispositivos móveis. A pesquisa da F-Secure também destacou a queda das ameaças desenvolvidas para o Symbian, da Nokia. Durante muito tempo, os aparelhos baseados nesse sistema dominaram as vendas no mercado de celulares. De acordo com o estudo, o Symbian foi alvo de 19% das ameaças para dispositivos móveis em 2012, contra 29% em 2011 e 62% em 2010.
No quarto trimestre, grande parte das ameaças criadas para Android e detectadas pela F-Secure envolvia programas mal-intencionados que se instalam, por diferentes meios, nos aparelhos dos usuários. Esses programas passam a enviar automaticamente mensagens de texto (SMS) para números registrados pelos cibercriminosos em determinados países.
Semelhantes ao antigo 0900 e conhecidos como números premium, esses serviços são debitados do cliente e as receitas são repassadas aos hackers pelas operadoras, que desconhecem ou não possuem meios de identificar e coibir essa prática. Esse tipo de ataque é um das mais comuns nos dispositivos móveis. Das 96 variações de ameaças para Android detectadas pela F-Secure entre outubro e dezembro, 21 seguiam essa vertente.
O amplo interesse dos hackers em desenvolver ameaças específicas para o Android segue uma lógica natural de ganho de escala: concentrar esforços nos sistemas de maior apelo entre os consumidores. Segundo dados da empresa de pesquisas Gartner, os aparelhos baseados no Android atingiram uma participação de 69,7% nas vendas totais de smartphones no quarto trimestre. No mesmo intervalo de 2011, esse índice era de 51,3%.
Fonte: G1